domingo, 1 de novembro de 2015

As raízes do novo preconceito e intolerância!



Mesmo os mais fieis e ilustres cidadãos, providos de toda informação que se possa ter, ainda sim, podem fechar os olhos quanto ao fato de vivermos em uma sociedade muito preconceituosa!  Seria uma negação no sentido de ser alguém que, ingenuamente, quer ser, digamos, "otimista", ao ponto de afirmar que não vivíamos relações de preconceito até o advento das cotas raciais promovidas por este governo? Ou seria um ato sutil de expor de maneira  implicita um tipo de preconceito moderno e mais permissivo que aquele que, outrora, era um ato hostil declarado e assumido? O medo que se oferece nesse momento de instabilidade política, é que grupos orquestrados e capitaneados por bestas feras, estejam articulando novas formas de promover o ódio social contra minorias, sejam elas quais forem. Acreditar que alguém, em nome de Deus, tente construir um conceito de que existiria um movimento heterofóbico, é mais uma forma moderna de promover a intolerância contra um grupo. Pois a implementação de tal ideia serviria como instrumento para que se justificassem atos hostis contra uma minoria que deveria ser respeitada e protegida pela sociedade, tal qual todas as minorias existentes. A globalização trouxe para perto de nós realidades sociais que há pouco eram desconhecidas pelo grande público. As questões que envolvem os motivos que ocasionam a imigração em massa de populações que sofrem com guerras civis, causadas por intolerância religiosa, fome e falta de perspectiva de construção de um futuro seguro e melhor, nos fazem refletir quanto as vidas que ali estão em jogo. Muitos de nós somos capazes de sentir empatia. Ao nos colocar no lugar destas pessoas, sentimos um pouquinho do quanto elas sofrem perante estes desafios que lhe causam desespero e sensação de abandono. Mas ainda sim, há quem não tenha esta facilidade. Pelo inverso, sente-se no direito de proferirem contra estes grupos seu ódio e desprezo. Poderia tentar explicar tal lógica, mas ao ver um ser se posicionar e pré julgar, e chamar tais pessoas de escória do mundo, sem as conhecer, nem ter noção nenhuma de suas histórias de vida, é algo que eu preferiria deixar para Freud. Todos os pensamentos maquiavélicos acima são sugeridos por arautos da decência de nossa sociedade moderna, mais conservadora do que nunca. São destes indivíduos que se apoiam outros, que, contaminados por estes argumentos neofascistas, adoecem e matam os frutos de uma sociedade mais justa, igualitária, onde os indivíduos são respeitados independente do que projetam à nossa limitada visão, acometida pela verdadeira doença da incapacidade de enxergar. Mas acima de tudo, ainda somos milhares Luthers Kings e Jeans lutando por um mundo mais solidário e amável.

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