quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A difusão do ódio partidário e ideológico!



  

   Não basta eleger uma legenda e agraciá-la com seu voto. Há uma intrínseca relação predatória entre escolha pessoal e verdade unilateral. A argumentação política nos debates sociais tem caminhado para um instável e perigoso desfecho. A unicidade imposta de ideias e conceitos, em nada ajuda no processo de construção de uma democracia participativa e igualitária. Pelo contrário, trás consigo uma necessidade de suplantar, se não pelos argumentos, pela intimidação e força física, aquele que se coloca contra ou simplesmente discorda de determinados pontos de vista. A elevação do tom argumentativo dos debates políticos, frente a esta crise ideológica que assola o país, pode acarretar em uma decomposição gradativa do Estado Democrático. Este descompasso é a chance que grupos lacaios tem para tentar impor seus preceitos nazifascistas. O ódio partidário, fenômeno vigente em nossa república, alimentado pelo desequilíbrio social derivado da crise econômica, e suplementado por alas conservadoras de nossa política, demonstra o clima hostil vivenciado pela sociedade. De um lado um povo atordoado pelos embates políticos entre as duas forças partidárias. Do outro lado está a própria classe política, extremamente preocupada em se manter ou assumir o comando das decisões administrativas do Estado e nem tanto preocupada em reestabelecer a ordem social, política e econômica: - Única condição inerente aos cargos que ocupam.- 

    As mídias, tanto de abrangência nacional quanto as regionais, devem assumir um papel de extrema responsabilidade quanto ao trato destas questões que permeiam nossa sociedade. Entretanto, não é o que se tem visto. Ao assumirem posições partidárias, mesmo que de forma implícita, estes agentes contaminam as informação e insuflam ainda mais as dissidências ideológicas.

Rachel Sheherazade - Símbolo da intolerância partidária e ideológica

A própria imprensa deve ter consciência que estes diferentes pontos de vista fazem parte do jogo democrático. E que não cabe a ela disseminar opiniões a favor ou contra qualquer que seja o idealismo. E sim transportar os fatos ao público interessado, de maneira a não maculá-los.

    



     Como dizia a letra da música de Cazuza: "Ideologia, eu quero uma pra viver!" 
    Quando se apega a um ideal o Ser Humano deixa de ser apenas um indivíduo nas estatísticas e passa a ser parte inerente ao sistema! Cabe ao Estado viabilizar condições para a inclusão de cada um. Cabe aos agentes midiáticos respeitar a liberdade de crença ideológica. Cabe a cada um de nós compreender e respeitar toda e qualquer diversidade e saber que o limite de nossos anseios faz divisa com o limite dos anseios de outros. O desrespeito e ódio apenas nos levará ao caos. Algo que não é bom para ninguém.



By Vitor Carlos.



     

           

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