quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A revolta branca: A onda fascista no Brasil!

                                       É sempre o mesmo perfil: Branquinhos, muito bem vestidos e ornamentados; exibem óculos de grife e roupas de marca. Muitos usam cachecol, mesmo no calor tropical do Brasil, como se estivessem na Europa. Em muitos vídeos ostentam carros importados e joias. Em momento algum referem-se aos pobres, excluídos e marginalizados da sociedade. Apenas pensam em si mesmo e nos iguais a eles. Intitulam o país como sendo deles, - "um legado colonial deixado pelos seus antepassados.". Vão as ruas, não antes de conclamarem seus súditos através das redes sociais, que por sua vez, são, geralmente, ferramentas de divulgação de ódio, xenofobia e intolerância. Não são contra a corrupção, pois estão do lado de parlamentares como Eduardo Cunha. Mesmo após as várias denúncias e comprovações de atos ilícitos praticados pelo político. São a favor da homofobia, intolerância partidária e ideológica, xenofobia e discriminação contra a minoria, pois apoiam Jair Bolsanaro para presidente. Em seus discursos, confundem, ou querem confundir, o atual modelo político econômico brasileiro, que é social, liberal e capitalista, como se fosse um modelo comunista, marxisista. São abertamente contra a democracia, pois querem a intervenção militar e retorno da ditadura. Culpam o povo nordestino por suas escolhas políticas. Julgam partidários petistas, como se fossem criminosos corruptos, mas não deliberam sua revolta contra a corrupção difundida em outros partidos, principalmente aqueles da extrema direita. Quando se deparam com movimentos sociais como MST, Marcha das Mulheres Negras, agem de forma agressiva, preconceituosa e fascista. Abominam o fato do Brasil ter sido governando por um ex-metalúrgico nordestino e está sendo governado por uma mulher.  
Senhores, tenho a desonra de lhes apresentar: "Os Brancos Revoltados!" 
Nada os perturba mais que a ascensão das classes sociais por eles marginalizadas e esquecidas! Lutam pelo retorno à miséria das famílias pobres deste país! 
Óculos e roupas e ornamentos de grife. Pele branquinha e maquiada. Eles fazem parte do "Onda Fascista"!
        

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A mídia que direciona opiniões!

                                            A grande mídia brasileira é folclórica ao que se refere à manipulação de informações. Com intuito de inserir, de forma sistemática, suas próprias ideias, conceitos, desejos e necessidades, a mídia nacional, em sua grande maioria, tenta estabelecer ferramentas mentais de controle de massas. Ser criterioso ao analisar determinadas reportagens minimiza os efeitos desta doutrinação implícita. No entanto, o ideal seria nossas tvs, rádios, jornais, procurarem uma forma honesta, transparente e imparcial de transmitir informações.  Mas fica a grande questão: "Como fazê-lo, se existe, por trás de cada conteúdo, um desejo tácito de cunho ideológico ou econômico, por parte da indústria das comunicações?" 
Uma indústria que gera Bilhões e Bilhões de Reais a cada ano, pode se dar ao direito de incutir suas vontades, mesmo que alheias aos desejos da sociedade?
  
    


    

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

França 7 X Nigéria 1

                                 Vivemos em uma sociedade doutrinada a sentir afeição as pessoas que carregam traços Europeus em seus semblantes. O exemplo mais evidente deste perfil foi a disparidade de importância que a imprensa deu aos atentados ocorridos na França e Nigéria, promovidos por grupos extremistas radicais islâmicos. Enquanto na França houveram chamadas frequentes e diversas reportagens relacionadas ao fato, no país Africano, até este exato momento (18/11/2015 as 14:22hs), 24 horas após o atentado que vitimou pelo menos 32 pessoas, a Globo.com não emitiu sequer um boletim sobre o ocorrido. Bem como a maioria dos veículos de imprensa não deram ao episódio a abrangência que ele mereceria. Muito provavelmente não veremos avatares com as cores da bandeira Nigeriana enfeitando os perfis das redes sociais. 

Veja o seu nível de consciência humana no gráfico abaixo:

 
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A difusão do ódio partidário e ideológico!



  

   Não basta eleger uma legenda e agraciá-la com seu voto. Há uma intrínseca relação predatória entre escolha pessoal e verdade unilateral. A argumentação política nos debates sociais tem caminhado para um instável e perigoso desfecho. A unicidade imposta de ideias e conceitos, em nada ajuda no processo de construção de uma democracia participativa e igualitária. Pelo contrário, trás consigo uma necessidade de suplantar, se não pelos argumentos, pela intimidação e força física, aquele que se coloca contra ou simplesmente discorda de determinados pontos de vista. A elevação do tom argumentativo dos debates políticos, frente a esta crise ideológica que assola o país, pode acarretar em uma decomposição gradativa do Estado Democrático. Este descompasso é a chance que grupos lacaios tem para tentar impor seus preceitos nazifascistas. O ódio partidário, fenômeno vigente em nossa república, alimentado pelo desequilíbrio social derivado da crise econômica, e suplementado por alas conservadoras de nossa política, demonstra o clima hostil vivenciado pela sociedade. De um lado um povo atordoado pelos embates políticos entre as duas forças partidárias. Do outro lado está a própria classe política, extremamente preocupada em se manter ou assumir o comando das decisões administrativas do Estado e nem tanto preocupada em reestabelecer a ordem social, política e econômica: - Única condição inerente aos cargos que ocupam.- 

    As mídias, tanto de abrangência nacional quanto as regionais, devem assumir um papel de extrema responsabilidade quanto ao trato destas questões que permeiam nossa sociedade. Entretanto, não é o que se tem visto. Ao assumirem posições partidárias, mesmo que de forma implícita, estes agentes contaminam as informação e insuflam ainda mais as dissidências ideológicas.

Rachel Sheherazade - Símbolo da intolerância partidária e ideológica

A própria imprensa deve ter consciência que estes diferentes pontos de vista fazem parte do jogo democrático. E que não cabe a ela disseminar opiniões a favor ou contra qualquer que seja o idealismo. E sim transportar os fatos ao público interessado, de maneira a não maculá-los.

    



     Como dizia a letra da música de Cazuza: "Ideologia, eu quero uma pra viver!" 
    Quando se apega a um ideal o Ser Humano deixa de ser apenas um indivíduo nas estatísticas e passa a ser parte inerente ao sistema! Cabe ao Estado viabilizar condições para a inclusão de cada um. Cabe aos agentes midiáticos respeitar a liberdade de crença ideológica. Cabe a cada um de nós compreender e respeitar toda e qualquer diversidade e saber que o limite de nossos anseios faz divisa com o limite dos anseios de outros. O desrespeito e ódio apenas nos levará ao caos. Algo que não é bom para ninguém.



By Vitor Carlos.



     

           

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O Gênio que o Brasil precisava!

   
    



    Após protagonizar um dos lances mais bonitos dos últimos tempos, que culminou no terceiro gol do Barcelona frente ao Villarreal, pelo campeonato Espanhol, Neymar está sendo ovacionado pela mídia especializada pelo mundo afora. Até o jornal Madrileno, Marca, destacou o jogador e ainda fez comparativos dele com Messi e CR7. 
Veja o gol clicando na imagem abaixo:
Golaço!
  
    O efeito global propagado pelo lance genial do jogador brasileiro não se restringe a plástica da jogada. E nem ao momento vivido por ele nos gramados espanhóis. O surgimento meteórico de um novo craque nacional, com visibilidade mundial, trás um certo afago à seleção do Brasil após a vexatória derrota de 7x1 para a Alemanha na última copa e a eliminação frente ao Paraguai, pela copa América do Chile. O Brasil está órfão da ludicidade no futebol. E Neymar é a esperança de reaver o prestígio que perdemos nos últimos anos. A capacidade de raciocínio, sua destreza e inteligência nos gramados podem render bons frutos para Dunga. Somado ainda ao crescimento técnico de outros jogadores, como Douglas Costa do Bayer de Munique, Willian do Chelsea e o "não" convocado Casimiro do Real Madri, poderá, estes elementos, serem fundamentais para a formação de uma seleção competitiva e excelente tecnicamente. Aos poucos, os discursos vão mudando e poderemos em breve ver se tais expectativas se concretizarão. Mas por emquanto, nada mais saudável que ver e rever o lance extraordinário realizado pelo craque Barcelonista.       





segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Perigo: Internet! O mundo obscuro da internet.

    
 
    Pode-se dizer que o aparecimento da internet e sua disseminação tornou o mundo um pouco menor. Hoje, aquela sensação de nostalgia, de quando lembrávamos de amigos e colegas da infância ou adolescência, pode ser curada imediatamente, simplesmente utilizando a ferramenta de procura das redes sociais. Não são raras as vezes que fizemos isto. Raras também não são as vezes que, ao intento alcançado, por vezes apenas trocamos meia dúzia de palavrinhas, alguns vísdeo e arquivos e pronto. Acabam as lembranças, terminam as sensações nostálgicas e a vida segue. É como se fosse um pássaro que você era encantado pelo seu canto fortuito, livre e descompromissado. Daí você resolve aprisioná-lo com desejo de ouvir seu canto o tempo todo. Entretanto, após algum tempo, aquele canto já não te empolga mais. Daí você resolve aprisionar outro pássaro, depois outro e mais outro até perder, dentro de si, aquele sentimento gostoso que tinha quando os bichinhos estavam livres. Há de se não furtar as facilidades e comodidades trazidas pelo acesso ao mundo virtual. O mundo parece estar cada vez mais descortinado e aberto. Passamos a enxergar as pessoas por outro ângulo, de outra forma. 
    "Mas, será que estamos todos preparados para estas mudanças?" "Ou será que estas mudanças evidenciaram uma casta da população que se apega pelo ilícito e antiético?" 
    Por vezes nos deparamos na internet com casos de fúria xenofóbica, sexista, preconceituosa, de intolerância e pedofilia. Isto sem contar os diversos vídeos e fotos que se proliferaram, principalmente com o advento do WhatsApp, rede de compartilhamento de mensagens, vídeos e fotos com acesso direto pelo celular; onde a fiscalização de conteúdo se torna ainda mais penosa devido a particularidade dos compartilhamentos. A possibilidade de se espalhar conteúdos impróprios, chulos e de difamação, nos faz refletir sobre a degradação humana promovidas pelas redes, e de como as autoridades devem se posicionar perante estes crimes da era moderna. Teria o Estado condições de fiscalizar e punir os malfeitores? Ou esta seria uma tarefa quase impossível? Já existem delegacias e agentes especializados na condução de investigação destes crimes. Mediante ao crescente número de denúncias atribuídas aos meios digitais de comunicação, em seus variados ramos, criou-se, o poder legislativo, mecanismos que tentam coibir tais práticas como "Lei Carolina Dieckmann – Lei 12.737/12" e o “Marco Civil da Internet – Lei 12.965/14”. 

    Algo perturbador neste contexto é o fato de nos depararmos com parlamentares que incitam estes crimes contra minorias étnicas, sexuais e partidárias. Como é o caso do Deputado Jair Bolsanaro PP-RJ; Indivíduo que, durante uma fala no congresso, disse a uma deputada: "Só não à estupro pois não merece".  Esta mesma pessoa se referiu aos refugiados que buscam abrigo no Brasil, de "escória do mundo": “Não sei qual é a adesão dos comandantes, mas, caso venham reduzir o efetivo [das Forças Armadas] é menos gente nas ruas para fazer frente aos marginais do MST, dos haitianos, senegaleses, bolivianos e tudo que é escória do mundo que, agora, está chegando os sírios também. A escória do mundo está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver”, disse. Dentre as mais nefastas demonstrações de ódio proferidas pelo político, ainda houve, dentro da entrevista que concedeu a um órgão de imprensa de Goiás, uma posição agressiva sobre a Presidenta Dilma Russef, onde diz:
"Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada, com câncer ou de qualquer maneira", disse. "O Brasil não pode continuar sofrendo com uma incompetente, ou ‘incompetenta’, à frente de um país tão grande e maravilhoso como esse aqui”.  

O fascismo sob a forma de deputado!

    Estes crimes, apesar de não terem sido, diretamente, declarados no âmbito da internet, e de se esconderem sob a legalidade da imunidade parlamentar, logo se disseminaram pelas redes e a tradução deste descalabro anti-social e perverso culminou com a morte de um Haitiano, após ser espancado por cerca de dez jovens que proferiram, durante as agressões, xingamentos de cunho xenofóbico contra o imigrante. A responsabilidade do parlamentar perante ao fato se torna latente, uma vez que tudo veio ocorrer após seu discurso fascista e de intolerância que foi divulgado pela rede mundial de computadores. A questão é tão grave que grupos neonazistas, simpatizantes do "deputado aloprado", criaram grupos em redes sociais em apoio ao facínora bestial.

    A internet virou um palco onde desfila agressores. E as pautas e os agentes precursores que agitam estes ambientes e adoecem nossa sociedade ainda estarão impunes enquanto não forem efetivadas punições exemplares. E que este discurso político que envolve parlamentares, não fique restringida apenas à teoria e se esqueça da prática. E neste mesmo contexto político, há de se exigir que autores de discursos neonazistas/neofascistas, que se utilizam do poder que emana de seus mandatos, não fiquem sem as cabíveis e merecidas sanções e punições. À estes, muito mais que qualquer cidadão comum infrator, por terem um compromisso social central em nossa sociedade, a mão da justiça deve pesar. Garantindo justiça de forma proporcional, de acordo com a responsabilidade atribuída aos seus cargos públicos. 

    A mobilização social em repúdio às barbares advindas com surgimento e difusão do mundo virtual, como as denúncias de abusos oriundos das redes, será instrumento de suma importância para que, não só se desenvolvam métodos de coibição, como também uma forma contumaz necessária de regulamentar e educar o uso desta importante tecnologia. 
     

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O capital acima de todas as coisas. Tragédia em Mariana, MG.

   



   Ao se analisar a catástrofe ocorrida em Mariana, Minas Gerias, há de se criar um paradoxo. 
Seria ele: "O capital, como instrumento desenvolvedor do comércio, por sua vez, o desenvolvedor da sociedade consumista." Mas quem seria esta sociedade consumista? Quem faz parte dela? A sociedade como um todo? Ou uma parte efêmera de cidadãos comparada com a população total do planeta? 

   Ao que parece, é que este atual sistema de governo, baseado na fomentação do desejo de se ter mais, e mais e cada vez mais, não se importa com a parcela inteira da sociedade, e sim, apenas parte dela. Mas como se importaria com o global se sua doutrina prevê justamente o contrário? 

   Existem mais questões que respostas, quando se trata de um sistema, onde a vida tem o peso do valor do ouro que cada indivíduo tem. O ser humano, para o capitalismo, pode ter o valor de um Jadeite ou o preço de um torrão de areia e água. Ao que tudo indica, os 612 moradores do Distrito de Bento Rodrigues, possuem o valor de um torrão.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Os riscos de um Estado teocrático para a sociedade.

   
No artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) está escrito:
“VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”


    Neste cenário atual de crise econômica e política, alguns fantasmas retomam suas vestes brancas e parecem querer assumir suas posições fantasmagóricas no âmbito de nossa política nacional. Um, dentre estes fantasmas, como o reacionarismo, o anti pluralismo racial, religioso, étnico e de pensamento, volta com toda a força como se, há muito, estivesse acorrentado, raivoso e sedento. As discussões sobre o fim do Estado laico, que é aquele que se caracteriza pela neutralidade religiosa, onde o indivíduo possui liberdade de crença, culto e principalmente; direito de exprimir sua liberdade, estão abastecendo as pautas fundamentalistas nos porões do plenário. Liderados de forma pedagógica pelo ultra religioso Silas Malafaia, a bancada da Bíblia, tenta combater este tipo de "neutralidade do Estado".

Cenas da inquisição, início século XIII - Estado não intervém e igreja impõe a unicidade religiosa.

    Mas o que isto poderia significar para a pluralidade religiosa existente em nosso país? 
    Muitos hão de questionar sobre nossa identidade histórica como um país estritamente católico, assim, não seria necessariamente laico. Entretanto, se fizermos uma análise profunda vamos identificar que, culturalmente, o país foi adotando algumas comemorações, por exemplo, os feriados nacionais religiosos, como parte de uma identidade histórica voltada a uma religião específica. Herança dos tempos da colônia. Em vista deste fato, mesmo que comprove uma certa teocracia incrustada em nossa comunidade, há de se convir que a constituição de 88 objetivou um avanço nesta área, no sentido de dar garantias à todo e qualquer indivíduo, possuir ou não crenças. Participar ou não de cultos. Entretanto, nossa cultura religiosa, como característica do povo em termos gerais, nunca foi de segregação total ou proibição de manifestações crédulas ou não crédulas. Mas, com o advento de uma dinastia teocrática, baseada na força de um grupo emergente e fundamentalista em nosso país, os riscos de se criar uma figura governante de intolerância religiosa e social pode esmagar, primeiramente, as minorias não apenas religiosas como também outras minorias étnicas, sexuais e sociopolíticas. Baseando-se no direito do julgamento social através da crença, este grupo radical poderia não só cercear a liberdade teocrática, como impor suas condições idealísticas conservadoras. Talvez, não com o mesmo ímpeto do Estado Islâmico, "repito; talvez", mas com os mesmos fundamentos. Pois temos que nos lembrar que boa parte destes, são doutrinados ao combate físico e adeptos à ditadura e a pena de morte. Como é o caso do Sr. Deputado Jair Bolsanaro PP-RJ, que, empunhado com uma bíblia na mão e uma arma em outra, brada seu ódio contra pessoas que, por ventura, possuem um ponto de vista que não lhe é favorável.
Jair Bolsanaro PP-RJ. Adepto ao reacionarismo e pena de morte. Apesar de defender que, "bandido bom é bandido morto", é aliado do Deputado, presidente da câmara, Eduardo Cunha, do qual exclui do âmbito de sua teoria fundamentalista anti social. Pois neste caso aplica-se a frase apenas aos bandidos do "baixo clero".   
   As características antidemocráticas e neofascistas destes discursos em tempos de crise não são exclusividades atuais. Aliás, os termos fascismo e nazismo, foram criados em uma determinada ocasião, onde a sociedade procurava e ansiava por um norte frente as crises sociais e políticas vivenciadas.
     Em fim, sucumbir à este discurso conservador, impregnado de ódio e preconceito, sob a desculpa de se criar um "Estado de deus", contrapõe a verdadeira essência dos discursos de tolerância, perdão, desapego, coletividade e amor, profetizadas pelo maior símbolo mundial da fé Cristã. A criação de uma nova era de inquisição, preparada nos caldeirões do planalto, fomenta o discurso cada vez mais impávido da bancada fundamentalista religiosa da câmara dos deputados. O ódio a serviço de deus e não de Deus, pois este não o aceitaria.       

 





       

domingo, 1 de novembro de 2015

As raízes do novo preconceito e intolerância!



Mesmo os mais fieis e ilustres cidadãos, providos de toda informação que se possa ter, ainda sim, podem fechar os olhos quanto ao fato de vivermos em uma sociedade muito preconceituosa!  Seria uma negação no sentido de ser alguém que, ingenuamente, quer ser, digamos, "otimista", ao ponto de afirmar que não vivíamos relações de preconceito até o advento das cotas raciais promovidas por este governo? Ou seria um ato sutil de expor de maneira  implicita um tipo de preconceito moderno e mais permissivo que aquele que, outrora, era um ato hostil declarado e assumido? O medo que se oferece nesse momento de instabilidade política, é que grupos orquestrados e capitaneados por bestas feras, estejam articulando novas formas de promover o ódio social contra minorias, sejam elas quais forem. Acreditar que alguém, em nome de Deus, tente construir um conceito de que existiria um movimento heterofóbico, é mais uma forma moderna de promover a intolerância contra um grupo. Pois a implementação de tal ideia serviria como instrumento para que se justificassem atos hostis contra uma minoria que deveria ser respeitada e protegida pela sociedade, tal qual todas as minorias existentes. A globalização trouxe para perto de nós realidades sociais que há pouco eram desconhecidas pelo grande público. As questões que envolvem os motivos que ocasionam a imigração em massa de populações que sofrem com guerras civis, causadas por intolerância religiosa, fome e falta de perspectiva de construção de um futuro seguro e melhor, nos fazem refletir quanto as vidas que ali estão em jogo. Muitos de nós somos capazes de sentir empatia. Ao nos colocar no lugar destas pessoas, sentimos um pouquinho do quanto elas sofrem perante estes desafios que lhe causam desespero e sensação de abandono. Mas ainda sim, há quem não tenha esta facilidade. Pelo inverso, sente-se no direito de proferirem contra estes grupos seu ódio e desprezo. Poderia tentar explicar tal lógica, mas ao ver um ser se posicionar e pré julgar, e chamar tais pessoas de escória do mundo, sem as conhecer, nem ter noção nenhuma de suas histórias de vida, é algo que eu preferiria deixar para Freud. Todos os pensamentos maquiavélicos acima são sugeridos por arautos da decência de nossa sociedade moderna, mais conservadora do que nunca. São destes indivíduos que se apoiam outros, que, contaminados por estes argumentos neofascistas, adoecem e matam os frutos de uma sociedade mais justa, igualitária, onde os indivíduos são respeitados independente do que projetam à nossa limitada visão, acometida pela verdadeira doença da incapacidade de enxergar. Mas acima de tudo, ainda somos milhares Luthers Kings e Jeans lutando por um mundo mais solidário e amável.