quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A criminalização do cargo público!



Criminalizar o cargo público é uma ato contra a democracia. É a decapitação do próprio membro!




                                                             O espírito cívico leva o indivíduo para o voluntariado. O voluntariado transforma-se em uma ferramenta social de obstinação e desapego, e visa o bem comum. 

Desde sua formação em vínculos sociais, ou mesmo antes do surgimento da sociedade moderna, o voluntário desempenha um papel primordial no contexto da transformação humana. Dele sempre foi extraída a dignidade sem a necessidade da barganha. A doação de tempo, força de trabalho e suporte humano, há milênios, vem ajudando a sociedade no desafio imposto pelas injustiças e imprevisibilidades da vida contemporânea. Entretanto, existe um limite para as ações de um voluntário. Este limite está atrelado ao senso de que o próprio indivíduo carece de um tempo para promover ações que visem a sua sobrevivência. 

Quando se faz referência ao voluntário contemporâneo, engajado, participante. Sobre sua inquietação política relativa às perspectivas de mudanças estruturais que, na sua visão, seriam capazes de mudar para melhor a vida da comunidade, surge a figura do Agente Público. 

Devemos, neste momento, desatrelar do cargo a pessoa. O cargo público por si é um instrumento social de caráter fundamental para o desenvolvimento. Ele, o cargo, é a base de transformação política, social e que se faz presente por sua força de decisão, regulamentação e estruturação da comunidade. Sua discriminação é um devaneio: O agente público, no caso específico de um vereador, por exemplo, é o voluntário com poder de fiscalizar o executivo, criar leis e transportar para a administração pública os anseios da comunidade. Infligir ao cargo a condenação de alguns de seus gestores é um erro colossal, que bota em risco a capacidade que alguns seres carregam de valorizar os anseios da sociedade e de trabalhar para seu fortalecimento.

Fica uma questão:
Um cidadão de bem, engajado, voluntarioso, que enxerga na administração pública um ato cívico inexpugnável. Que realmente se preocupa com a sociedade, mas observa sobre o cargo que almeja um olhar discriminatório, condenatório, agressivo e de menosprezo, mesmo que sua conduta seja a mais ilibada, teria razões suficientes para se embrenhar e encarar os desafios deste voluntariado?
 

Subjugar e criminalizar o Cargo Público, sob a ótica que reflete as ações de alguns agentes, é menosprezar o papel da própria sociedade e sua importância.






By Vitor Carlos
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário