Que os excessivos gastos com a Copa
das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas, beiram a irresponsabilidade pública
e é um crime contra a sociedade, todo mundo sabe e sabia desde que foi
apresentado o orçamento para reforma e construção das arenas de futebol. Mas protestar agora, porquê?
Dentre todos os absurdos já
previstos em obras pelo governo federal, existem aqueles que extrapolaram
qualquer limite do bom senso e responsabilidade com o dinheiro público. Exemplo:
A construção da Arena Corinthians em um estado que já possuía dois locais, Morumbi
e Pacaembu, em condições de receber os eventos foi algo inconcebível e uma
escolha lamentável. Isto para não dizer criminosa.
Outro exemplo foi a construção de uma arena de
futebol em Brasília DF,algo imperdoável, pois todos sabem que em Brasília não há futebol do nível da série
A e este estádio será um verdadeiro elefante branco.
Mas nisto tudo, o que nos chama a
atenção, são os protestos.
Qual o motivo destes protestos
estarem acontecendo justamente agora?
Porque não ocorreram antes,
quando havia tempo para mudar as coisas?
A resposta é simples.
Uma parte destes protestos está
direcionada as eleições que aconteceram em 2014. Outra parte é composta por
estudantes que adormeceram em berço esplêndido durante muito tempo, ouvindo
sertanejo universitário e funk, e agora estão acordos querendo um instante de visibilidade
para postar no youtube ou facebook.
A hipocrisia impera nestes
eventos de revolta social da atualidade. Se de um lado um bando de idiotas quer
aparecer na TV, de outro um bando de aproveitadores tenta ganhar visibilidade
para as eleições de 2014.
Senhores, se revoltar contra
estes eventos é fácil, pois nada mais é que um circo para o povo se sentir
feliz, enquanto a corrupção desenfreada desfila pelos corredores da Câmara dos
Deputados, Senado Federal e etc. O que é mais revoltante é ver uma parte da
população fingir estar indignada depois do fato ter ocorrido e não antes,
quando ainda havia tempo para mudar as coisas.
Não bastasse isto, juntaram aos
manifestantes, arruaceiros e vândalos, que protestam contra os gastos do
governo quebrando, pichando e destruindo locais e objetos públicos. Este é o retrato de nossos jovens, que estão
alheios a violência que assola o país e estão alheios ao nível alarmante de corrupção
que infesta nossa sociedade. Mas estes mesmos “jovens”, fãs de Gustavo Lima e
MC Catra, estão nas ruas, querendo passe livre nos ônibus para ir ao cinema, sem
se importar com o custeio das passagens que recairá sobre os trabalhadores
que usam o transporte coletivo diariamente para trabalhar. E eles, pseudos estudantes, também estão nas
ruas querendo ter um minuto de fama para postar o youtube e facebook.
Quanto ao protesto em São Paulo pelo passe
livre no transporte publico aos estudantes e redução da tarifa, onde houve depredação do patrimônio
publico e privado, a própria atitude dos manifestantes já os condena. É inadmissível
que estudantes, pessoas com acesso a educação, promovam um protesto contra uma
tarifa publica, promovendo o vandalismo justamente
contra o nosso patrimônio. Ônibus, placas de sinalização, vidros de portas de
estabelecimentos públicos, estações de embarque e desembarque de passageiros,
foram constituídos com dinheiro de nossos impostos, e tarifas 0,20 centavos
mais caras não dá direito a ninguém de destruir o que foi feito com dinheiro
que saiu de nosso bolso.
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| Ônibus pichado em SP |
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| Placa de Sinalização e Objetos públicos depredados em protesto em SP. |
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| Vandalo Pichando ônibus em protesto Para a OAB, o que aconteceu na terça-feira em São Paulo passou dos limites. “As pessoas se reúnem para expressar uma indignação, no caso pelo aumento do ônibus. Agora, tem um limite. Quando o movimento passa a violar patrimônio, principalmente patrimônio público e privado também, ou prejudicar o direito de ir das pessoas, ele ultrapassou os limites dele”, afirmou Marcos da Costa, presidente da OAB-SP. |
O fato é que estamos vivendo em uma sociedade em que os valores são inversos. Sociedade em que estudantes, ao contrário de tempos remotos, estão preocupados em protestar em causa própria e não mais em favor da sociedade. Onde um vídeo postado em uma rede social vale mais que um ato de civilidade em favor de algo comum a todos. Se antes os jovens escutavam: "Que Pais é este?" hoje eles estão fadados a ouvir: "Ah lelek lek lek lek." Por isso não sabem o que fazer, o que dizer e como protestar. É o fim...
BY OLIVER
VITOR CARLOS
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VITOR CARLOS
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