Preparem seus casacos: cientistas russos preveem início de nova era glacial
Pesquisadores afirmam que a partir do ano que vem a temperatura no planeta deve entrar em uma fase de queda gradual
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Se
você adora sol, calor e praia, não vai gostar muito da previsão
apresentada por uma dupla de cientistas russos do Instituto Gazprom
VNIIGAZ. De acordo com a Global Warming Policy Foundation,
Rauf Galiulin e Vladimir Bashkin afirmam que no ano que vem a Terra
entrará em uma fase de queda gradual de temperatura que deve culminar
dentro de um período de 50 anos, resultando em uma nova era do gelo.
Segundo a publicação, os pesquisadores afirmam ainda que, ao
contrário do que ditam todas as teorias relacionadas ao aquecimento
global, a ação dos humanos exerce pouca influência sobre o clima do
planeta. Conforme explicaram, a variação da temperatura estaria
associada aos ciclos de atividade solar, que devem sofrer uma redução.
A nova “era do gelo” dever ter início em 2014, com uma queda de
temperatura bem lenta em um primeiro momento. No entanto, depois de
algumas décadas, a diminuição será mais ativa. Por certo, de acordo com
uma matéria publicada pelo Times,
a baixa atividade do ciclo solar atual — o chamado “Ciclo 24” — vem
deixando alguns cientistas intrigados, além de despertar questões sobre
quais podem ser as consequências disso para o nosso planeta.
Calmaria solar
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Os ciclos solares têm duração de aproximadamente 11 anos, e os
períodos de atividade mais intensa são marcados pelo surgimento de
manchas solares. Além disso, normalmente ao final do ciclo ocorre a
inversão dos campos magnéticos do Sol, quando se observa uma mudança de
polaridade — quase sempre simultânea — entre os hemisférios Norte e Sul.
Durante a inversão, a força do campo magnético fica perto de zero,
voltando ao normal depois da troca.
Contudo, os astrônomos observaram algo diferente neste ciclo. A
polaridade do hemisfério Norte sofreu inversão há vários meses,
apresentando, portanto, a mesma polaridade do que o hemisfério Sul. E
mais: a incomum calmaria observada na superfície do Sol durante este
último ciclo — com um número de manchas inferior à metade da média
registrada nos últimos 250 anos! — levou alguns cientistas a sugerir que
este pode ser o início de um período de baixa atividade.
De acordo com o Times, a última vez que isso aconteceu foi entre os
anos de 1650 e 1715, durantes os quais quase nenhuma mancha solar foi
observada. Coincidentemente, nesse período ocorreu uma drástica queda
das temperaturas no planeta, provocando o que ficou conhecido como a
“Pequena Era do Gelo” na Europa e América do Norte. Estariam os
cientistas russos corretos em sua previsão?
Polêmica
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Para os pesquisadores russos, que afirmam que o aquecimento global
não é resultado de atividades humanas, toda a polêmica sobre as mudanças
climáticas não passa de exagero e de pura conspiração. Conforme alegam,
o objetivo é o de desacelerar o consumo de gás natural, carvão e
petróleo — três combustíveis essenciais em nossas vidas — para que,
então, se possa controlar o seu preço de mercado.
Aliás, Galiulin e Bashkin não são os únicos a defender essa teoria, e
declarações semelhantes foram feitas por outro cientista russo —
Jabibula Absusamatov, membro da Academia Russa de Ciências e diretor do
setor de Investigações Espaciais do Observatório de Pulkovo —, que
alertou que a diminuição de temperatura provavelmente afetará a todo
mundo.
Os defensores do aquecimento global também acreditam que a baixa
atividade solar possa afetar o clima do planeta, embora não pensem que
estamos prestes a testemunhar uma nova era do gelo. Afinal, para eles,
apesar de o ritmo aparentemente ter caído, as temperaturas não param de
subir.