segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Conflitos na Siria: Da ditadura ao extremismo, do desespero a insanidade!

Síria - Capital: Damasco




A Síria é um país árabe de população predominante muçulmana que faz divisa com  Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte. Localizado no Sudoeste Asiático. Marcado por um governo autoritário que governa o país desde 1963, sendo presidido desde 1970 por membros de uma mesma família, "os all-Assad". Este regime autoritário imposto a população, há décadas, é caracterizado pela perseguição política e centralização de poder. Em meados de 2011, a Síria sofreu com protestos violentos de parte da população que é contra o atual governo do presidente Bashar al-Assad. Aos poucos, a crise política foi tomando maiores dimensões até se transformar em um conflito entre grupos de oposição e o governo. Formado por extremistas religiosos e rebeldes anti-governo, os insurgentes passaram a divergir entre si, formando frentes de batalhas que lutam pelo controle e influência na região. O grupo formado por rebeldes que querem o fim do poder autoriotário Sírio encontrou um inimigo feroz, ao sul da Síria, norte do Iraque. Autoproclamados AI (Estado Islâmico), também opositores do regime de al-Assad, passaram a atacar a força insurgente a qual, outrora, era aliada. Este seguimento ultra-radical, oriundo do norte do Iraque, tenta instalar na região o que chamam de um Califado (Governo Islamita). Caracterizam-se pela barbárie. Decapitações, pessoas queimadas vivas, fuzilamento dentre outras terríveis atrocidades. Este conflito adicional, acabou dando ao governo Sírio, mais condições de se defender dos insurgentes. Possibilitando a continuidade, mesmo que violenta, ao seu poder hegemônico. Países como o EUA e a união européia, apesar de serem contra o governo de all-Assad, temem tomar partido deste conflito. Isto porque, dentre os guerrilheiros que tentam tomar o poder, existe uma força formada por um braço da Al Qaeda, grupo terrorista responsável por diversos atos ilegais homicidas, incluído o ataque nos Estados Unidos, em onze de setembro de 2001. Por outro lado eles também têm consciência de que, se o grupo paramilitar EI (Estado Islâmico) conseguir chegar ao seu intento, poderá significar um problema ainda maior tanto para a região quanto para o mundo.  
Bashar AL-Assad
Bashar AL-Assad acusa os Estados Unidos e os países Europeus, de incitar a violência na região ao apoiarem alguns dos grupos rebeldes. Apoio este, que se diz, apenas humanitário.  A Rússia por sua vez, junto ao Irã, tradicional inimigo Norte-Americano, apóiam o governo de Assad. Mas são contra as ações do grupo extremista EI. O fato de promoverem exterminações cruéis como decapitações, crucificações de mulheres e crianças, fuzilamentos e queimados vivos, e ainda expor tais assassinatos ao público através de vídeos,  fazem do grupo radical EI o mais sanguinário e desprezível da história moderna. A inércia do ocidente neste caso, já justificada anteriormente, ocasiona um campo favorável ao crescimento do grupo, que conquistou diversas cidades no Iraque e vem conquistando posições ao sul da Síria. Países com população Islâmica, como o Líbano, Turquia e a própria Síria, temem as inserções dos rebeldes ultra-radicais do EI, pois estes não convalescem com outras vertentes Islâmicas que não as impostas por eles. Mas, dos países que fazem divisa com a Síria, Israel é o maior ameaçado. Maior inimigo dos radicais mulçumanos, o país judeu pode sofrer muito com o crescimento do grupo. A criação de um Estado Islâmico nestas condições, pode ocasionar uma guerra profunda na região que já se caracteriza pela instabilidade social e política. Por outro lado, a ascensão ao poder Sírio, de outro grupo radical formado pela Al Qaeda, também é sinal de fortes conflitos na região. 
Criança refém do EI no Iraque

Entre a cruz e a espada, as autoridades ocidentais torcem para que tenham fim os conflitos, mas que venha ao poder algum grupo que possa trazer paz para a região e instalar na antiga Síria uma democracia duradoura e concreta. Assim, todas as crenças religiosas poderiam se estabelecer sem usar da crença religiosa um motivo para ultrajar e massacrar outras nações.     

   
EI - Execução no Iraque